Bodysurf no Itacoatiara Pro 2023
Niterói recebeu a 11ª edição do Itacoatiara Pro, festival que reúne os maiores nomes de diversos esportes como: bodyboard, surf, bodysurf, vela e downhill. Pela primeira vez o bodysurf teve espaço no evento, reunindo atletas do esporte brasileiro e também internacional. Pivotado pela Associação de Surfe de Peito de Itacoatiara (ASPI), a competição elevou o patamar do esporte no país, reunindo 32 convidados que competiram por R$ 10.000 em em premiação, sendo R$ 5.000 para o primeiro lugar e o restante divido entre o segundo e terceriro lugar. Apesar da maior premiação em dinheiro na história do esporte, quem falou mais alto foi o bodysurf.

O bodysurf vive um momento épico a nível mundial e no Brasil não poderia ser diferente. Que Itacoatiara tem altas ondas isso não é novidade, mas receber um evento desse nível foi de encher de orgulho toda a comunidade do esporte. Como se não bastasse a organização e toda esfera profissional criada pelo organização, o dia ainda contou com altas ondas, sol e um show de manobras.
Faltando alguns dias para o evento, o atleta 9x campeão de bodyboard e lenda do bodysurf, Mike Stewart (Havaí), confirmou presença na competição e deixou todos os atletas em estado de êxtase mesmo antes de entrar na água. Com 60 anos de idade, o tio Mike quebrou a vala e mostrou porque é um dos melhores bodysurfers do mundo, chegando nas semi-finais com muito fôlego, perdendo por ninguém mais, ninguém menos, que Kalani Lattanzi (Niterói).

Parte do time Uga-Buga também esteve presente, representando Floripa/SC com os atletas Bryan James e Maurício Afonso. Juntos também estavam parte da galera da Uga-Buga, sempre presente nos eventos de bodysurf Brasil afora. Apesar da forte presença, ambos acabaram caindo, Mao no primeiro round e Bryan no segundo. Todas as baterias foram muito acirradas, cada disputa parecia uma final de campeonato, mas a medida que o evento foi chegando nas finais os atletas mostraram todo o potencial do bodysurf brasileiro. Numa bateria de altíssimo nível o atleta Yuri Martins (Rio de Janeiro) derroutou Léo Moura (Maricá) e se classificou para final contra Kalani, demonstrando muito controle, habilidade e fluidez nas ondas durante todo o evento.
Numa bateria eletrizante e com o mar bastante agitado, ambos atletas destruiram e colocaram seu repertório de manobras a disposição do público. Yuri virou e dominou a bateria contra o adversário, dificultanto a vida de Kalani até o último segundo, monstrando toda a força no bodysurf de São Conrado.
O evento foi um sucesso e trouxe grandes nomes da atualidade. "Saímos do amadorismo para nos tornarmos profissionais", dizia Gabriel Saliba, atual presidente da ASPI. E foi isso mesmo que aconteceu. Vimos a história do nosso esporte sendo escrita diante dos nossos olhos. O sentimento foi de reconhecimento e quem saiu ganhando foi o bodysurf.
Valeu, raça de Itacoá!
Do lado de cá, continuaremos treinando forte para elevar o bodysurf de Floripa e, quem sabe, ano que vem estar lado a lado nas finais com as lendas do esporte. Foi uma satisfação imensa competir com os melhores do Brasil (e talvez do mundo?), uma baita oportunidade para nós, da Uga-Buga, evoluirmos como equipe.
Junho do ano que vem já está reservado na nossa agenda, desejando que a nossa modalidade ganhe ainda mais espaço dentro do evento, principalmente no feminino. Que venham as próximas edições do bodysurf no Itacoatiara Pro!
Aloha.
Mao | @maoafonso